Sinovite crônica idiopática no joelho é uma condição inflamatória caracterizada pela inflamação persistente da membrana sinovial. Membrana sinovial é o tecido que reveste as paredes internas da articulação do joelho e produz o líquido sinovial. A sinovite é considerada crônica quando dura meses ou até anos. Idiopática significa que a causa da sinovite é desconhecida.

SINOVITE CRÔNICA IDIOPÁTICA NO JOELHO

Sinovite crônica idiopática no joelho é uma forma crônica, localizada e sem causa definida de inflamação da membrana sinovial. Membrana sinovial, também conhecida como tecido sinovial ou simplesmente sinóvia, é o tecido que reveste internamente a cápsula articular do joelho. A membrana sinovial é responsável pela produção e absorção contínuas do líquido sinovial, que é o líquido lubrificante natural das articulações. O líquido sinovial lubrifica a cartilagem e também é responsável pela nutrição dos condrócitos, que são as células da cartilagem hialina. Por diversos motivos a membrana sinovial pode se tornar inflamada. A inflamação da membrana sinovial é conhecida como sinovite. Traumatismos, lesões intra-articulares, artrose, artrite reumatóide, gota, condrocalcinose, sinovite vilonodular pigmentada, condromatose sinovial, infecções, doenças autoimunes são exemplos de causas de sinovite no joelho. Mas existe um tipo de sinovite persistente cuja causa não é identificada pelos exames. Esse tipo de sinovite é chamada de sinovite crônica idiopática, ou seja, é uma sinovite que persiste por muito tempo no joelho, podendo durar meses ou anos, e o fator desencadeante do processo inflamatório não é claramente identificado. A sinovite crônica idiopática pode afetar significativamente a qualidade de vida do paciente.

SINTOMAS

Os sintomas da sinovite crônica idiopática no joelho costumam se desenvolver de forma lenta e progressiva. Os sintomas mais comuns desse tipo de sinovite são: dor, inchaço, rigidez articular, calor local e diminuição da amplitude de movimento do joelho. A dor costuma piorar com o movimento ou esforços. O inchaço do joelho é persistente. A rigidez articular é mais evidente pela manhã ou após o paciente ficar em repouso por algum tempo. O calor local pode estar acompanhado de vermelhidão ao redor da articulação. A diminuição dos movimentos dificulta fazer atividades simples como andar, subir e descer escadas, agachar e ajoelhar. Nos casos mais avançados da doença, o acúmulo constante de líquido sinovial de natureza inflamatória pode dar início à degeneração da cartilagem. A cartilagem é um tecido que não se regenera. Os danos à cartilagem do joelho são permanentes, ou seja, são irreversíveis.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da sinovite crônica idiopática no joelho é feito pela história clínica detalhada, exame físico do joelho doente e exames complementares. O melhor exame para se diagnosticar a sinovite no joelho é a ressonância magnética. Exames de sangue, análise completa do líquido sinovial e biópsia do joelho podem ajudar na determinação da causa da sinovite. O que caracteriza a sinovite como idiopática é que esses exames laboratoriais costumam ser normais. A sinovite crônica idiopática no joelho é um diagnóstico de exclusão. A causa exata da sinovite é indeterminada.

TRATAMENTO

O tratamento da sinovite crônica idiopática no joelho depende da intensidade dos sintomas e da resposta do paciente aos tratamentos. As opções terapêuticas mais prescritas pelos médicos especialistas são: medicamentos anti-inflamatórios, fisioterapia, infiltrações intra-articulares e, em casos resistentes, a sinovectomia ( remoção cirúrgica da membrana sinovial inflamada ). A infiltração intra-articular de corticóides e ácido hialurônico costuma ter excelentes resultados.

PROGNÓSTICO

Com tratamento adequado e acompanhamento médico regular, é possível controlar a inflamação e evitar as suas complicações intra-articulares, principalmente a degeneração da cartilagem. A prática de exercícios físicos leves, o controle do peso corporal e a adoção de hábitos de vida saudáveis são fundamentais para preservação da função do joelho e melhora da qualidade de vida do paciente.