INSTABILIDADE PATELOFEMORAL

INSTABILIDADE PATELOFEMORAL

Instabilidade patelofemoral é a condição ortopédica caracterizada pela movimentação anormal da patela na tróclea femoral. A instabilidade patelofemoral é uma condição ortopédica relativamente comum, especialmente entre atletas, jovens ativos e pessoas que realizam movimentos repetitivos de flexão e extensão do joelho. O problema acontece na articulação da patela com o fêmur, na frente do joelho, comprometendo a estabilidade da articulação e podendo causar sintomas como dor, limitação funcional e episódios de luxação da patela.

INSTABILIDADE PATELOFEMORAL

Instabilidade patelofemoral ocorre quando a patela não se movimenta corretamente no sulco femoral durante os movimentos do joelho. Em condições normais, a patela desliza de forma centralizada na tróclea femoral, garantindo eficiência mecânica e proteção à articulação. No entanto, quando existe desequilíbrio muscular ou alterações anatômicas, a patela pode se deslocar parcial ou totalmente do seu sulco, causando dor e sensação de falseio. Esse deslocamento anormal da patela na tróclea femoral pode variar desde uma subluxação patelar, quando a patela sai parcialmente do lugar, até uma luxação patelar, quando ocorre o deslocamento completo da patela, quase sempre para o lado externo do joelho.

INSTABILIDADE ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL

ARTICULAÇÃO PATELOFEMORAL

A articulação patelofemoral é uma das estruturas mais importantes do joelho, sendo o centro do mecanismo extensor. Ela é fundamental para a mobilidade, estabilidade e eficiência dos movimentos do membro inferior. Todas as atividades do dia a dia, como caminhar, sentar, levantar, correr, pular, subir e descer escadas, agachar e ajoelhar dependem do bom funcionamento da articulação patelofemoral. Na prática esportiva, a articulação patelofemoral costuma ser bastante exigida. A articulação patelofemoral é a região anatômica localizada na frente do joelho, formada pela patela e pela tróclea femoral, onde a patela desliza na tróclea femoral durante todos os movimentos do joelho. A patela atua como uma polia biomecânica, aumentando a eficiência do músculo quadríceps femoral e reduzindo o estresse sobre a articulação do joelho. Otimizar a força do quadríceps é a principal função da patela. Outras funções são: distribuir adequadamente as cargas articulares, estabilizar o joelho durante os seus movimentos, proteger a região anterior do joelho e absorver impactos durante as atividades físicas. Durante os movimentos do joelho, a patela deve permanecer centralizada e bem alinhada ao sulco femoral, deslizando nele suavemente. Qualquer alteração nesse alinhamento pode gerar sobrecarga, desgaste da cartilagem e dor na frente do joelho. Por estar envolvida em praticamente todos os movimentos do joelho, a articulação patelofemoral é altamente suscetível a sobrecargas e disfunções.

CAUSAS DE INSTABILIDADE PATELOFEMORAL

Diversos fatores podem contribuir para a instabilidade da patela no sulco troclear. Os mais comuns são: alterações anatômicas como patela alta ou displasia da tróclea, fraqueza ou desequilíbrio muscular, encurtamento muscular, histórico de traumatismos ou entorses, fatores genéticos e hipermobilidade articular. Essas condições podem atuar de forma isolada ou combinada, aumentando o risco de episódios recorrentes de instabilidade.

INSTABILIDADE PATELOFEMORAL JOELHO

SINTOMAS

Os sintomas mais frequentes de instabilidade patelofemoral são: dor na região anterior do joelho que piora ao subir e descer escadas, sensação de falseio, inchaço após atividades físicas, estalos ou crepitação na frente do joelho e medo ou insegurança ao caminhar ou praticar esportes. Em casos graves, o paciente pode apresentar episódios recorrentes de luxação da patela, aumentando o risco de lesões da cartilagem e o desenvolvimento de artrose patelofemoral precoce.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de instabilidade patelofemoral é feito pela história clínica, exame físico do joelho afetado e exames complementares de imagem. RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética são os exames de imagem solicitados pelo médico ortopedista para avaliar a articulação patelofemoral.

TRATAMENTO INSTABILIDADE PATELOFEMORAL

TRATAMENTO

O tratamento da instabilidade patelofemoral depende da causa, da intensidade dos sintomas e da frequência dos episódios. Na maioria dos casos, o tratamento inicial é conservador, com fisioterapia para fortalecimento muscular, correção biomecânica e proprioceptiva, alongamentos e diminuição da dor e da inflamação. Braces e joelheiras podem ser usados em alguns casos. Quando o tratamento conservador não apresenta resultados satisfatórios ou em casos recorrentes de luxação patelar, o tratamento cirúrgico pode ser indicado. As técnicas cirúrgicas variam conforme a alteração anatômica identificada, podendo envolver o realinhamento da patela, a trocleoplastia e a reconstrução ligamentar.

IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE

O diagnóstico e o tratamento precoces da instabilidade patelofemoral são fundamentais para evitar complicações a longo prazo, como dor crônica, limitação funcional e artrose patelofemoral. Um médico ortopedista especialista em joelho deve acompanhar o tratamento do paciente para que ele consiga retornar às suas atividades diárias e esportivas com segurança.