Luxação congênita da patela é a luxação permanente da patela do joelho que não é possível de se reduzida através de manobras manuais. A patela é o osso móvel localizado na frente do joelho. A luxação patelar acontece quando a patela sai do sulco troclear no fêmur. A luxação congênita da patela é uma condição ortopédica rara que afeta o posicionamento da patela no joelho desde o nascimento. A luxação congênita acontece durante o desenvolvimento fetal, resultando numa patela permanentemente deslocada de sua posição anatômica normal na tróclea femoral. A luxação congênita da patela pode afetar um ou ambos os joelhos e está frequentemente associada a outras alterações musculoesqueléticas.

LUXAÇÃO CONGÊNITA DA PATELA

Luxação congênita da patela é a luxação permanente da patela que acontece desde o nascimento. Quem tem essa patologia já nasce com a patela de um, ou de ambos os joelhos, fora do lugar. Não é possível colocar a patela no lugar através das manobras ortopédicas convencionais. A patela permanece fora do sulco troclear sem possibilidade de ser reduzida. Essa condição anormal acontece porque a patela se desenvolve fora da sua posição normal na tróclea femoral, durante a gestação, e permanece fora do seu lugar mesmo com o joelho em repouso.

PATELA

A patela, também chamada de rótula, é o osso móvel com formato de disco localizado na frente do joelho. Ela está dentro do tendão do músculo quadríceps femoral e é um dos elementos do aparelho extensor do joelho. A patela é um osso sesamóide porque está dentro do tendão de um músculo. A função principal da patela é funcionar como o fulcro da polia do quadríceps femoral, facilitando a extensão e também protegendo a região anterior do joelho. A patela deve estar devidamente encaixada na tróclea femoral para que os movimentos de extensão e flexão do joelho aconteçam normalmente. Na luxação congênita a patela fica fora do sulco troclear do fêmur de maneira permanente desde o nascimento da criança.

CAUSAS

As causas exatas de como a patela se forma fora do sulco troclear do fêmur não são ainda totalmente compreendidas. Alguma anormalidade acontece durante o desenvolvimento fetal do sistema musculoesquelético durante a gestação. A patela luxada congenitamente pode acontecer de forma isolada ou estar associada a síndromes genéticas como síndroma de Down, artrogripose, displasia esquelética e síndrome de Fong. Também é comum que pacientes com deformidades nos pés, quadris e coluna vertebral tenham a patela luxada desde o nascimento.

SINTOMAS

Os sintomas da luxação patelar congênita variam de criança para criança porque dependem da gravidade da luxação e da idade em que o deslocamento patelar é diagnosticado. Nos casos mais leves a luxação da patela pode passar despercebida por muitos anos. Os sintomas mais comuns da patela deslocada permanentemente são: dificuldade da criança em esticar totalmente o joelho, fraqueza da perna afetada, marcha anormal, dor no joelho ao realizar esforços e diferença no comprimento das pernas.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da luxação congênita da patela é feito pelo exame físico do joelho e confirmado por exames de imagem como RX, tomografia computadorizada e ressonância magnética. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações futuras no desenvolvimento motor.

TRATAMENTO

O tratamento do deslocamento congênito da patela é cirúrgico na maioria dos casos. Quanto mais cedo a cirurgia é realizada, melhores são os resultados. O ideal é que a cirurgia corretiva seja feita entre os 2 e 5 anos de idade. Na cirurgia o médico especialista reduz a luxação, realinha o quadríceps, reconstrói os ligamentos e, se necessário, faz osteotomias. A reabilitação pós-operatória é muito importante. A criança deve fazer várias sessões de fisioterapia para reabilitar o joelho comprometido.

PROGNÓSTICO

O prognóstico das crianças com luxação congénita da patela do joelho é bom, desde que sejam diagnosticadas e tratadas precocemente. A intervenção precoce é fundamental para prevenir complicações como dificuldades na marcha e artrose patelofemoral precoce.