Fratura condral no joelho é uma lesão caracterizada pela solução de continuidade da cartilagem que reveste os ossos da articulação. A expressão “fratura condral” é muito utilizada pelos médicos radiologistas nos laudos de exames de ressonância magnética do joelho para descrever uma ruptura, uma fissura ou a perda da integridade da cartilagem articular, ou seja, trata-se de uma interrupção na superfície contínua da cartilagem. Uma fratura condral no joelho pode variar desde uma fissura superficial até uma fratura condral profunda, atingindo o osso subcondral.

FRATURA CONDRAL NO JOELHO

Fratura condral no joelho é a fratura da cartilagem da articulação. Cartilagem é o tecido branco e brilhante que reveste os ossos dentro da articulação. Dentro do joelho existe cartilagem recobrindo o fêmur distal, a tíbia proximal e a patela. A finalidade da cartilagem é prover uma superfície lisa e lubrificada para que os ossos em contato dentro da articulação deslizem entre si para que haja movimentos articulares. A cartilagem também absorve parte dos impactos que a articulação do joelho suporta. A cartilagem é um tecido resistente, porém muito delicado. Quando existe uma fratura condral, há uma ruptura parcial ou total da espessura da cartilagem. A fratura condral é diferente da fratura óssea porque não há envolvimento ósseo. Em alguns casos, quando a fratura afeta o osso subcondral adjacente à cartilagem fraturada, diz-se que a fratura é do tipo osteocondral. Fraturas condrais são mais comumente diagnosticadas em atletas e praticantes de esportes de alto impacto. Traumatismos diretos no joelho, como os que acontecem em quedas ou acidentes automobilísticos, também são causas comuns de fratura condral no joelho.

CAUSAS MAIS COMUNS DE FRATURA CONDRAL NO JOELHO

As principais causas de fratura da cartilagem do joelho são: traumatismos diretos na articulação, movimentos repetitivos, degeneração da cartilagem e alterações biomecânicas. Traumatismos diretos são as contusões que podem acontecer durante a prática de esportes de alto impacto ou em acidentes. Movimentos repetitivos sobrecarregam a articulação e podem fraturar a cartilagem. Doenças degenerativas da cartilagem, como artrose e condromalácia patelar, podem cursar com fraturas condrais. Desalinhamentos nos membros inferiores, como joelho varo e joelho valgo, aumentam a pressão sobre os compartimentos medial ou lateral do joelho podendo resultar em fissuras condrais.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de uma fratura condral no joelho é feito através do exame de ressonância magnética. A ressonância magnética é o único exame de imagem que permite a visualização detalhada da cartilagem do joelho. Fraturas condrais podem também ser diagnosticadas durante uma artroscopia de joelho.

TRATAMENTO

O tratamento de uma fratura condral no joelho depende do tamanho, localização e profundidade da lesão. Lesões pequenas podem ser tratadas de forma conservadora com repouso, fisioterapia, medicamentos anti-inflamatórios e infiltrações articulares de corticóides e ácido hialurônico. Casos mais complexos podem exigir cirurgia artroscópica, com técnicas como condroplastia, microfraturas, mosaicoplastia e implante de condrócitos autólogos, visando restaurar a função do joelho.

REABILITAÇÃO

A reabilitação após uma fratura da cartilagem do joelho é fundamental para recuperação da força, da estabilidade e da mobilidade articular. Manter o peso corporal dentro da faixa de normalidade, evitar atividades de alto impacto e fortalecer os músculos do joelho são medidas importantes para prevenir o agravamento ou o surgimento de novas lesões na cartilagem.