PLACA EPIFISÁRIA
Placa epifisária é a área de cartilagem, existente nas extremidades dos ossos longos, onde acontece o crescimento ósseo em comprimento. O crescimento longitudinal dos ossos longos é resultado da ossificação endocondral da placa fisária. As duas maiores placas fisárias do nosso corpo estão localizadas no joelho, no fêmur distal e na tíbia proximal.
PLACA EPIFISÁRIA
Placa epifisária, também conhecida como fise, cartilagem de crescimento ou placa de crescimento, é uma área cartilaginosa, localizada na epífise dos ossos longos, que é responsável pelo crescimento ósseo em comprimento. À medida em que uma criança de desenvolve os seus ossos longos crescem tanto em comprimento quanto em espessura. O crescimento em comprimento de um osso longo acontece nas placas epifisárias localizadas nas extremidades do osso e o crescimento em espessura acontece no periósteo, que é a membrana que envolve o corpo dos ossos longos. Os dois ossos mais longos do nosso corpo são o fêmur e a tíbia. As placas epifisárias na região do joelho ( fêmur distal e tíbia proximal ) são as duas placas de crescimento mais ativas do nosso corpo e são os locais onde os membros inferiores mais crescem longitudinalmente. Todo o corpo do osso longo contribui para o seu crescimento em comprimento, mas a maior atividade óssea, onde acontece o maior crescimento de osso novo, acontece nas placas epifisárias.
OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
Ossificação endocondral é o processo fisiológico em que a cartilagem hialina se transforma em tecido ósseo. Esse tipo especial de ossificação acontece nas cartilagens de crescimento dos ossos longos e é responsável pelo crescimento ósseo longitudinal. Na ossificação osteocondral os condrócitos morrem e são substituídos gradativamente por osteócitos. A placa epifisária tem uma atividade celular muito intensa nas crianças em fase de crescimento. Nela é possível identificar, ao microscópio, 5 camadas distintas de células a partir da epífise: zona de repouso, zona de proliferação, zona de hipertrofia, zona de cartilagem calcificada e zona de ossificação. A ossificação endocondral nas fises tem início durante o período embrionário, continua durante a infância e termina na adolescência.
TÉRMINO DO CRESCIMENTO
As cartilagens de crescimento dos ossos longos são encontradas apenas em crianças e adolescente. Em adultos, que já pararam de crescer, a fise é substituída por osso. A substituição da cartilagem por osso, conhecida por fechamento fisário ou fusão da placa de crescimento, acontece gradativamente à medida em que o corpo da criança cresce. Trata-se de uma ossificação endocondral. Nas meninas o fechamento fisário acontece entre os 14 e 15 anos de idade e nos meninos o final do crescimento ósseo acontece um pouco mais tarde, entre os 15 e 17 anos de idade. O crescimento ósseo em comprimento acontece pela ossificação endocondral das placas epifisárias dos ossos longos. É um processo que começa nos bebês quando estão ainda no útero e tem participação do hormônio do crescimento.
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO
Distúrbios no desenvolvimento das placas epifisárias, ou osteocondrodisplasias, podem comprometer o crescimento de uma pessoa. A acondroplasia, também conhecida como nanismo, é a osteocondrodisplasia mais comum e causa baixa estatura e deformidades ósseas. Fraturas ósseas de origem traumática, quando envolvem as fises, podem interferir no crescimento ósseo. A doença de Osgood-Schlatter, que é a apofisite da tuberosidade anterior da tíbia, é resultado do estresse tracional excessivo do tendão patelar na placa epifisária da tíbia. A cirurgia de epifisiodese, indicada para corrigir diferenças nos comprimentos e desalinhamentos dos membros inferiores, implica em se bloquear a cartilagem de crescimento cirurgicamente para que, ao término do crescimento ósseo, os membros inferiores estejam alinhados e com mesmo comprimento. Alguns tumores podem se desenvolver nas placas de crescimento devido à intensa atividade celular no local. O osteocondroma é um exemplo de tumor benigno que se desenvolve nas placas epifisárias do joelho.
ACONDROPLASIA
Acondroplasia, ou nanismo, é a osteocondrodisplasia mais comum. Os braços e as pernas da criança com acondroplasia são mais curtos em relação ao comprimento do tronco, que costuma ter comprimento normal. A altura média de pessoas com acondroplasia nunca é maior do que 150 centímetros. Mutações genéticas são a principal causa da acondroplasia. A ossificação endocondral dos ossos longos é prejudicada pela mutação do gene FGFR3.
ACROMEGALIA
Acromegalia, ou gigantismo, é uma doença causada pelo excesso de produção do hormônio de crescimento provocado, quase sempre, por tumores benignos na glândula hipófise. Pessoas com acromegalia desenvolvem grandes estaturas. O hormônio do crescimento é o principal estímulo para a atividade histológica nas placas epifisárias. A ossificação endocondral dos ossos longos é estimulada pelo excesso de hormônio do crescimento. Na acondroplasia um problema genético compromete a atividade celular nas placas de crescimento. Na acromegalia as placas de crescimento são normais e bem mais ativas devido ao excesso de hormônio do crescimento produzido pela glândula hipófise.
DORES DO CRESCIMENTO
Dores do crescimento são dores benignas que acometem crianças entre os 3 e 6 anos de idade. Até 20% das crianças vão reclamar, em algum momento, de dores na região dos joelhos. Uma das teorias para explicar essas dores seria a intensa atividade das placas epifisárias nos ossos do joelho durante a fase de crescimento das crianças.