DOENÇA DE WILSON NO JOELHO

DOENÇA DE WILSON NO JOELHO

Doença de Wilson é uma doença genética caracterizada pelo acúmulo excessivo de cobre no organismo e que pode afetar até os joelhos. Trata-se de uma doença rara. O acúmulo de cobre no organismo ocorre principalmente no fígado, cérebro e olhos, mas também pode afetar as articulações e o joelho costuma ser uma das mais afetadas em quem sofre com a doença. Os sintomas da Doença de Wilson no joelho podem ser confundidos, muitas vezes, com outras doenças reumatológicas ou ortopédicas. O diagnóstico, por se tratar de uma condição médica rara, costuma ser difícil. Dor sem causa aparente costuma ser o sintoma mais comum da Doença de Wilson no joelho.

DOENCA DE WILSON NO JOELHO

Doença de Wilson é uma doença hereditária autossômica recessiva causada por uma mutação no gene ATP7B, que é o gene responsável pelo metabolismo e excreção do cobre no nosso organismo. Com a falha nesse processo, o cobre se acumula em diversos órgãos, provocando inflamações e danos às células. Os sintomas da Doença de Wilson variam muito de paciente para paciente. O acúmulo de cobre no fígado provoca hepatite e cirrose. O acúmulo de cobre no cérebro provoca sintomas neurológicos como tremores, rigidez e alterações do comportamento. O acúmulo de cobre nas articulações provoca dor articular, inchaço, artrite e limitação dos movimentos.

DOENÇA DE WILSON JOELHO

SINTOMAS NO JOELHO

A Doença de Wilson é mais conhecida pelos seus efeitos hepáticos e neurológicos, mas muitos pacientes também desenvolvem sintomas osteoarticulares. O joelho, por ser a maior articulação do corpo, é particularmente suscetível ao acúmulo excessivo de cobre provocado pela Doença de Wilson. Os sintomas mais comuns da doença no joelho são: dor crônica no joelho que piora ao caminhar ou realizar atividades físicas, inchaço e sensação de peso, rigidez articular, limitação da amplitude de movimentos e episódios intermitentes de artrite. Esses sintomas são consequência do depósito de cobre nos tecidos que formam a articulação do joelho. Cria-se no joelho uma inflamação crônica que é semelhante às inflamações causadas pelas doenças reumatológicas. Muitas vezes os sintomas da Doença de Wilson no joelho são confundidos com artrose precoce, mesmo em pacientes jovens. A queixa principal dos pacientes é dor inexplicada no joelho, uma dor sem origem aparente.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da Doença de Wilson é feito através de uma história clínica detalhada, exame físico e exames complementares. Dor inexplicada no joelho, em pacientes jovens, com sinais de desgaste articular precoce e com histórico familiar da doença devem lembrar o médico especialista para investigar causas metabólicas. Os principais exames complementares são: dosagem do cobre sérico e urinário, teste genético para mutação no gene ATP7B, testes de função hepática, ressonância magnética do joelho e exame oftalmológico. Pacientes com Doença de Wilson desenvolvem nos olhos um anel descolorido ao redor da córnea, geralmente de cor marrom-esverdeada ou dourada. Esse anel é conhecido como anel de Kayser-Fleischer e é causado pelo acúmulo de cobre na membrana de Descemet, que é uma das camadas da córnea.

JOELHO COM DOENÇA DE WILSON

TRATAMENTO

O tratamento da dor no joelho nos pacientes com Doença de Wilson é baseado no controle do excesso de cobre no organismo e no tratamento dos sintomas articulares. O tratamento costuma ser uma combinação de quelantes de cobre, suplementação com zinco, cuidados dietéticos, analgésicos, anti-inflamatórios e fisioterapia. Em casos de grave comprometimento articular é indicada a cirurgia de prótese de joelho. Os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios devem ser usados com cautela nos pacientes com comprometimento hepático. Embora a Doença de Wilson seja uma condição metabólica com maior foco em manifestações hepáticas e neurológicas, é fundamental conhecer os seus impactos na articulação do joelho porque a dor no joelho, sem causa aparente, costuma ser um dos primeiros sinais da doença em muitos pacientes.