A história da ozonioterapia para joelho é muito interessante e marcada por várias descobertas médicas e avanços tecnológicos. A ozonioterapia é uma técnica terapêutica que utiliza o ozônio medicinal para tratar diversas condições de saúde. Nos últimos anos ganhou destaque na ortopedia, especialmente no tratamento de problemas do joelho, como artrose, condromalácia, lesões meniscais, tendinites e dores crônicas. A ozonioterapia para joelho é uma prática que antes era desconhecida e alternativa e que se transformou em um recurso complementar que é cada vez mais reconhecido.

ORIGENS DA OZONIOTERAPIA

O ozônio, uma molécula composta por 3 átomos de oxigênio ( O3 ), foi descoberto no século XIX. Em 1.840, o químico suíço Christian Friedrich Schönbein identificou o gás e percebeu suas propriedades oxidantes. Inicialmente o ozônio era utilizado para purificação de água e desinfecção, mas estudos posteriores revelaram seu potencial terapêutico na medicina. No início do século XX, médicos europeus começaram a aplicar ozônio em tratamentos médicos, observando efeitos positivos em feridas, infecções e doenças circulatórias. No entanto, o uso sistemático do ozônio em ortopedia só começou a se consolidar décadas depois.

A EVOLUÇÃO DA OZONIOTERAPIA PARA JOELHO

A aplicação da ozonioterapia em articulações, especialmente no joelho, ganhou relevância a partir da década de 1.980. Pesquisadores observaram que o ozônio tinha propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e regenerativas, tornando-se uma alternativa promissora para pacientes com artrose leve e moderada do joelho que não respondiam adequadamente a medicamentos e tratamentos tradicionais. Nos anos 1.990, estudos clínicos começaram a documentar os benefícios da aplicação de ozônio no espaço intra-articular do joelho. Esses estudos indicaram que a aplicação controlada de ozônio no joelho poderia reduzir a dor, combater a inflamação, melhorar a mobilidade e até estimular a regeneração tecidual. Diferentemente de procedimentos invasivos, como cirurgias, a ozonioterapia mostrou-se uma abordagem minimamente invasiva e praticamente sem efeitos colaterais.

TÉCNICAS MODERNAS DE APLICAÇÃO

Hoje, a ozonioterapia utiliza técnicas avançadas que incluem modernos equipamentos digitalizados e extremamente precisos para produção do gás ozônio. A dosagem do ozônio pode ser precisamente ajustada conforme a condição clínica do paciente, garantindo eficácia e segurança nos tratamentos. Especificamente para o joelho, a ozonioterapia é reconhecida mundialmente como um excelente tratamento para a artrose graus I e II, condromalácia patelar, tendinites, bursites e outras lesões que causam dor e limitam os movimentos articulares. Pacientes submetidos à ozonioterapia no joelho relatam melhora significativa da dor, diminuição do inchaço, melhora da mobilidade e, consequentemente, melhora da qualidade de vida após algumas sessões, o que contribui para a popularidade da técnica, que pode ser comprovada por médicos e pacientes.

RECONHECIMENTO E PESQUISAS CIENTÍFICAS

A ozonioterapia ainda é considerada como tratamento experimental ou complementar em alguns países, mas inúmeros estudos científicos recentes têm reforçado o seu potencial terapêutico. Pesquisas publicadas em revistas médicas internacionais demonstram que a ozonioterapia para o joelho pode reduzir marcadores inflamatórios e algiogênicos, melhorar a microcirculação e auxiliar na regeneração de tecidos articulares. Várias organizações médicas na Europa, Ásia e Américas têm incluído protocolos com ozonioterapia em seus guias de tratamento de várias condições do joelho, especialmente a artrose. O crescente interesse pela técnica reflete a busca por tratamentos menos invasivos e mais naturais, alinhados às tendências da medicina moderna.

OZONIOTERAPIA NO BRASIL

O Conselho Federal de Medicina ( CFM ) autorizou o uso da ozonioterapia para o tratamento adjuvante de algumas condições médicas bem definidas. Segundo a Resolução n˚ 2.445 do CFM, de 21 de agosto de 2.025, a ozonioterapia pode ser usada como tratamento adjuvante da artrose do joelho, podendo o tratamento ser feito em consultório, desde que o profissional seja formado em medicina e que tenha registro de especialista em ortopedia e traumatologia.