
MEMBRANAS PARA CARTILAGEM DO JOELHO
Membranas para cartilagem do joelho são membranas biocompatíveis usadas no tratamento de determinadas lesões da cartilagem. Elas foram desenvolvidas para auxiliar no reparo das lesões condrais. As membranas para cartilagem são estruturas membranosas finas e flexíveis, feitas de diversos materiais e que, quando aplicadas no local de uma lesão da cartilagem do joelho, podem estimular a reparar o local lesionado ao mesmo tempo em que o protege.
MEMBRANAS PARA CARTILAGEM DO JOELHO
Lesões na cartilagem do joelho são grandes desafios para serem tratadas porque o tecido cartilaginoso não se regenera. A cartilagem hialina que recobre os ossos dentro do joelho é um tecido muito delicado que não tem capacidade de regeneração por ser um tecido não vascularizado formado por muito poucas células cujo metabolismo é muito lento. Lesões condrais podem ser, eventualmente, reparadas, mas a cartilagem que foi lesionada não irá se regenerar. Cartilagem hialina não se regenera. Um dos tratamentos existentes para reparar a cartilagem do joelho faz uso de membranas. As membranas para cartilagem do joelho são feitas de diversos materiais, sendo os mais comuns o colágeno, o ácido hialurônico, a fibrina, o ácido polilático-co-glicólico ( PLGA ), a policaprolactona ( PCL ) e o poliácido glicólico ( PGA ). Existem membranas feitas de apenas um desses materiais e existem as membranas chamadas de biohibridas, que misturam esses materiais. Esses materiais são biocompatíveis. O princípio do uso dessas membranas nas lesões da cartilagem do joelho é prover um ambiente propício para regeneração tecidual no local onde existe lesão na cartilagem. Elas funcionam como suportes para o crescimento celular.
COMO FUNCIONA O TRATAMENTO?
O tratamento com membranas para cartilagem do joelho é indicado para pacientes com lesões condrais localizadas ou em estágios iniciais de degeneração articular. A área lesionada é primeiramente limpa. Depois é coberta pela membrana. Espera-se que a área a ser reparada seja preenchida por um tecido fibrocartilaginoso. Microfraturas podem ser feitas no osso subcondral exposto para que a área seja preenchida por um coágulo sanguíneo. O espaço entre a exposição óssea e a membrana também pode ser preenchido com um coágulo da medula óssea, hidrogéis, plasma rico em plaquetas ( PRP ), condrócitos autólogos e enxerto osteocondral.

FIBROCARTILAGEM
A cartilagem hialina, que é o tecido cartilaginoso original do joelho, não se regenera. No local onde a membrana foi aplicada pode se formar uma fibrocartilagem que preenche o espaço onde antes havia osso exposto. Mas a fibrocartilagem formada não tem as mesmas características estruturais e funcionais do que o tecido condral original. A fibrocartilagem não possui a mesma resistência e elasticidade da cartilagem hialina. Por esse motivo ela tende a se desfazer com o passar do tempo, principalmente quando foi formada numa área de carga do joelho. Apesar disso, a fibrocartilagem pode melhorar significativamente a dor e a função articular, oferecendo bons resultados clínicos a médio prazo. Pesquisas continuam avançando para que se consiga alcançar com a técnica das membranas a formação de um tecido que reproduza integralmente a estrutura da cartilagem hialina original do joelho.
OBJETIVOS DO TRATAMENTO
Membranas para cartilagem do joelho têm como objetivos regenerar a cartilagem, recuperar a função do joelho, diminuir o tempo de reabilitação, reduzir a dor e permitir resultados cirúrgicos duradouros.
INDICAÇÕES
Membranas para cartilagem do joelho são indicadas para pacientes jovens ou atletas com lesões traumáticas da cartilagem. Pacientes que têm processo degenerativo condral localizado também podem ser beneficiados com a técnica. A lesão deve ter área entre 2 e 4 centímetros quadrados, deve ser condral pura e deve estar fora da área de carga total do joelho. Meniscos, ligamentos e eixos dos membros inferiores devem estar normais.
CONTRAINDICAÇÕES
O tratamento com membranas para as lesões da cartilagem do joelho é contraindicado para casos de artrose generalizada, infecções articulares, presença de doenças reumáticas e incapacidade de seguir o protocolo de reabilitação pós-operatória que dura vários meses e exige que o paciente fique sem carga no joelho por algumas semanas.