Fratura periprotética do joelho é uma complicação ortopédica que pode acontecer após uma artroplastia do joelho. A cirurgia de artroplastia do joelho, ou cirurgia de prótese de joelho como é mais conhecida, é a cirurgia indicada para pacientes com artrose avançada no joelho que não respondem mais aos tratamentos conservadores. O joelho desgastado é substituído por uma prótese, um novo joelho de metal. A fratura periprotética do joelho acontece quando os ossos onde os implantes foram colocados sofre uma fratura. Nesse tipo de fratura os implantes permanecem intactos. A fratura acontece no tecido ósseo ao redor dos implantes. A causa mais comum de fratura periprotética do joelho é traumática. Uma queda ao solo, por exemplo, pode causar fratura em qualquer um dos ossos do joelho com implantes.

FRATURA PERIPROTÉTICA DO JOELHO

Fratura periprotética do joelho é uma das possíveis complicações da cirurgia de prótese de joelho. O que caracteriza esse tipo de fratura é a solução de continuidade óssea em regiões próximas aos implantes do joelho. A fratura periprotética do joelho pode acometer o fêmur distal, a tíbia proximal e/ou a patela. A fratura óssea acontece nos ossos ao redor dos implantes e não exatamente nos componentes da prótese. Traumatismos diretos, quedas, fragilidade óssea e desgaste dos implantes devido ao tempo são as causas mais comuns de fraturas periprotéticas acometendo a articulação do joelho. Essas fraturas não são muito comuns no dia a dia nos serviços de ortopedia. São fraturas complexas que desafiam os cirurgiões. São casos difíceis que acometem pacientes idosos, com comorbidades e geralmente com osteoporose.

CAUSAS MAIS COMUNS

As causas mais comuns de fratura periprotética do joelho são: traumatismos diretos, soltura da prótese, osteoporose, cirurgias prévias no joelho e infecções. Quedas e acidentes diversos com pancadas direto no joelho que tem prótese podem provocar fraturas ósseas. A soltura da prótese de joelho altera a biomecânica articular e enfraquece o osso ao redor dos implantes predispondo-os a fraturas. Pacientes com osteoporose apresentam ossos mais frágeis e sujeitos a fraturas. Múltiplas intervenções cirúrgicas prévias no joelho enfraquecem todos os tecidos articulares, inclusive os ossos. Infecções comprometem a integridade óssea e dos implantes.

SINTOMAS DE FRATURA PERIPROTÉTICA

Os sintomas de uma fratura periprotética do joelho são os mesmos de uma fratura de joelho. Eles variam de intensidade de acordo com a gravidade da fratura óssea. Dor súbita e intensa no joelho, inchaço, equimose, incapacidade de apoiar peso sobre o joelho comprometido, instabilidade e deformidade são os sintomas mais comuns.

DIAGNÓSTICO

Fraturas periprotéticas envolvendo o joelho são diagnosticadas pelo exame físico da articulação e também por exames de imagem. RX e tomografia computadorizada são os exames mais solicitados pelo médico especialista. A tomografia com reconstrução tridimensional do joelho, quando disponível, é um exame que ajuda muito na programação do tratamento. A localização da fratura, a estabilidade da prótese e a qualidade óssea são avaliadas nos exames de imagem.

TRATAMENTO

O tratamento de uma fratura periprotética do joelho depende do tipo e da gravidade da fratura. Fraturas simples, onde a prótese permanece no lugar e está estável, podem ser tratadas conservadoramente com imobilização e controle radiológico. Fraturas mais complexas exigem uma cirurgia de revisão da prótese, com fixação das fraturas e substituição dos implantes. A reabilitação pós-cirúrgica é muito importante nesses casos. Sessões de fisioterapia ajudarão o paciente a recuperar a mobilidade e a fortalecer a musculatura para evitar novas fraturas.

PREVENÇÃO

A fratura periprotética do joelho pode ser prevenida com alguns cuidados básicos: controle adequado da osteoporose, evitar quedas, acompanhamento regular dos implantes do joelho com o médico ortopedista, manutenção do peso corporal dentro da faixa de normalidade e prática de exercícios de baixo impacto para o joelho. A casa do paciente que tem prótese de joelho deve ser adaptada para evitar quedas do paciente.